quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ E SANTO NATAL!!!!!!!!






A COMUNIDADE MARIA MATER DESEJA A VOCÊ E TODA A SUA FAMÍLIA UMA SANTA CELEBRAÇÃO DO NATAL DO SENHOR. QUE TODO O ANO DE 2011 SEJA CONDUZIDO POR JESUS E POR MARIA.




quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Maria Mãe de Deus e o Natal





Nas vésperas do Natal, me surpreendi com a clareza e a verdade com que o Martinho Lutero, o reformador, fala da Mãe de Deus. “Deus não recebeu sua divindade de Maria; todavia, não segue que seja conseqüentemente errado afirmar que Deus foi carregado por Maria, que Deus é filho de Maria, e que Maria é a Mãe de Deus. Ela é a Mãe verdadeira de Deus, a portadora de Deus.

Maria amamentou o próprio Deus; ele foi embalado para dormir por ela, foi alimentado por ela, etc. Para o Deus e para o Homem, uma só pessoa, um só filho, um só Jesus, e não dois Cristos. Mesmo que tenha duas naturezas.” (Martinho Lutero, “Nos Conselhos e na Igreja”, em 1539)

“Não pode haver nenhuma dúvida que a Virgem Maria está no céu. Como isso aconteceu, nós não sabemos. E já que o Espírito Santo não nos revelou nada sobre isso, não podemos fazer disso um artigo de fé. É suficiente sabermos que ela vive em Cristo.”

Ao colocar Maria como a portadora de Deus, Martinho Lutero eleva Maria como pedra preciosa, dizendo: “Maria é a mulher mais elevada e a pedra preciosa mais nobre no Cristianismo depois de Cristo. Ela é a nobreza, a sabedoria e a santidade personificadas. Nós não poderemos jamais honrá-la o bastante. Contudo, a honra e os louvores devem ser dados de tal forma que não ferem a Cristo nem às Escrituras.” (Martinho Lutero, Sermão na Festa da Visitação em 1537.)

Honrar o filho é honrar a mãe por Ele: “Devemos honrar Maria como ela mesma desejou e expressou no Magnificat. Louvou a Deus por suas obras. Como, então, podemos nós exaltá-la? A honra verdadeira de Maria é a honra a Deus, louvor à graça de Deus. Maria não é nada para si mesma, mas para a causa de Cristo. Maria não deseja com isso que nós a contemplemos, mas, através dela, Deus.” (Martinho Lutero, Explicação do Magnificat, em 1521.)
Em clima de Natal em 1522, pronunciava estas palavras: “É a consolação e a bondade superabundante de Deus, o homem pode exultar por tal tesouro: Maria é sua verdadeira mãe, Jesus é seu irmão, Deus é seu Pai.” (Martinho Lutero, Sermão de Natal de 1522.)

“Maria é a Mãe de Jesus e a Mãe de todos nós, embora fosse só Cristo quem repousou no colo dela… Se ele é nosso, deveríamos estar na situação dele; lá onde ele está, nós também devemos estar e tudo aquilo que ele tem deveria ser nosso. Portanto, a mãe dele também é nossa mãe..” (Martinho Lutero, Sermão de Natal de 1529.)

“Cristo era o único filho de Maria. Das entranhas de Maria, nenhuma criança além dEle. Os ‘irmãos’ significam realmente ‘primos’ aqui: a Sagrada Escritura e os judeus sempre chamaram os primos de ‘irmãos’.” (Martinho Lutero, Sermões sobre João 1-4, 1534-39)

Afirma Lutero: ‘Ela nos ensina como devemos amar e louvar a Deus, com alma despojada e de modo verdadeiramente conveniente, sem procurar nele o nosso interesse. Ora, ama e louva a Deus com o coração simples e como convém a quem o louva simplesmente porque é bom. Aqueles que amam com coração impuro e corrompido, aqueles que, de maneira semelhante à dos exploradores, procuram em Deus o seu interesse, não amam e não louvam a sua pura bondade, mas pensam em Si mesmos e só consideram quanto Deus é bom para eles mesmos.
A religiosidade verdadeira, portanto, é louvor a Deus incondicionado e desinteressado.’ ‘Maria – escreve a seguir Lutero – não se orgulha da sua dignidade nem da sua indignidade, mas unicamente da consideração divina, que é tão superabundante de bondade e de graça que Deus olhou para uma serva assim tão insignificante e quis considerá-la com tanta magnificência e tanta honra.

Ela não exaltou nem a virgindade nem a humildade, mas unicamente o olhar divino repleto de graça. (p.561 do Livro de Martinho Lutero,‘Maria Mãe dos Homens’).

Ao observar aquilo que se realiza nela, nós podemos contemplar o estilo habitua de Deus. Enquanto os homens são atraídos pelas coisas grandes, Deus olha para baixo, para tirar de um nada, daquilo que é ínfimo, desprezado, mísero e morto, algo de precioso, digno de honra, feliz e vivo. (p.547 do Livro de Martinho Lutero,‘Maria Mãe dos Homens’).

A Mãe de Jesus, portanto, aparece em Lutero como o puro reflexo do olhar divino. Ela não atrai a nossa atenção sobre si, mas leva-nos a olhar para Deus. Maria não quer ser um ídolo; não é Ela que faz, é Deus que faz todas as coisas. Deve ser invocada para que Deus, por meio da vontade dela, faça aquilo que pedimos. (pp.574-575 do Livro de Martinho Lutero ‘Maria Mãe dos Homens).
Que a Mãe de Deus, nos ajude a celebrar, com renovado ardor, esse Natal e nos faça, cada vez mais, verdadeiros discípulos de Mestre Jesus de Nazaré.

Fonte: http://blog.arquimaringa.org.br/domanuar/2009/12/18/maria-mae-de-deus-e-o-natal/

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Maria, vocacionada do Pai



A Vocação de Maria e a Nossa vocação


Uma única palavra resume as relações de Deus com a humanidade: Aliança. No centro do plano divino está a vontade de selar um pacto de amor com as criaturas. O deus absoluto e todo poderoso, o único, o Ser necessário e totalmente transcendente quer comunicar-se, deseja estabelecer um diálogo com o ser humano. Deus nos criou para nos transmitir seus bens. Não permanece longe, mas vem até nós para doar-se. A criação inteira é fruto dessa vontade de amor. Deus cria por amor e para amar. É o único motivo. Por isso cria o homem à sua imagem e semelhança, capaz de dialogar, de responder a seu convite para amar, para doar-se. Toda a história da Bíblia é a história dessa aliança de amor. E essa história, para ser construída, requer sempre, a iniciativa de Deus e a resposta do homem. A Bíblia nos mostra a liança de Deus com Adão e Eva, com Noé, com Abraão, com Moisés, com todo o povo de Israel. Deus chama o homem com um amor gratuito, mas convoca-o a experimentar este amor e ser instrumento dele para que outros o experimentem também. A história da Salvação é toda tecida desta cooperação constante entre Deus e os homens. O que assombra o ser humano é o fato de, ao mesmo tempo que experimentam a grandeza infinita de Deus, percebem que o Deus infinito quis necessitar de sua cooperação para a realização de seus planos de amor. Quis ser um com ele, e realizar uma obra de amor com a sua cooperação. Foi assim que Moisés se assombrou. Veja êxodo 3,1-12. E Moisés teve medo. Veja êxodo 4,1-18. Deus quer que o homem capte as suas demonstrações de amor e que assuma um compromisso com Ele. À sua ação deve se seguir uma reação do homem. Ele quer ser ouvido e seguido. Desde que Deus criou o homem, este é convidado a viver esta aliança de amor, e ser cooperador dele. Se voltarmos ao Gn 1,28 veremos este convite feito ao primeiro homem e à primeira mulher. Mas se formos ao Gn 3,1-19 veremos que desde o princípio a história da humanidade está marcada pela infidelidade à esta aliança de amor. Veremos também que há um ser pervertido e perversor, um anjo decaído, o demônio, que vive a tentar o homem para que este quebre sua aliança com Deus. Nossa Senhora jamais quebrou esta aliança, ao contrário, foi fiel ao convite de deus desde o princípio. Ontem vimos que a sua resposta ao convite para ser a Mãe do filho de Deus foi: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra"(Lc 1,38). E este sim foi repetido durante toda a sua vida, nos momentos mais difíceis: quando teve de dar à luz num estábulo, quando teve que fugir para o Egito para que o menino não fosse morto pelo rei Herodes, e principalmente quando teve de vê-lo morrer numa Cruz, incompreendido por aqueles a quem amava, e por quem entregara toda a sua vida. Um grande segredo de amor envolvia esta fidelidade de Maria na sua aliança com Deus, a sua cooperação incondicional com a Graça divina: Humildade e Confiança. Maria se fez sempre pequena serva. Não se arrogou de direitos, não desejou fazer valer uma pretensa justiça humana. Orgulhosos que somos, basta-nos muito pouco para nos julgarmos justos e merecedores de grandes favores de Deus e dos irmãos. Basta-nos um pouco de autoconfiança, muito pouco mesmo, para nos compararmos e considerarmos os que estão ao nosso lado como irresponsáveis, incompetentes e inféis. Basta-nos que Deus nos peça um pouco de sacrifício ou de sofrimento, para tantarmos o mais rápido possível do nosso fardo jogando-os nas costas dos outros. Basta-nos a nossa vida, os nossos problemas, as nossas feridas, para não enxergarmos os problemas nem as feridas dos irmãos, e nos tornarmos terríveis carrascos deles. Maria foi o anti-orgulho. Não se arvorou de muita coisa por que Deus lhe chamou para ser mãe do Seu Filho. Se tivesse sentido orgulho, provavelmente teria chamado Isabel para serví-la, e não teria atravessado o deserto para servir sua prima. Teria se achado o centro, a digna de ser ajudada, e nem teria percebido que neste exato momento era a sua prima que necessitava de sua ajuda. Maria não era centrada em si, mas em Deus e na sua vontade. Maria não vivia em torno de si mesma, e dos seus pequenos sonhos e planos, mas em torno de Deus e da sua vontade. Maria não tentava misturar o que era sua vontade, com a vontade de Deus, mas abandonava inteiramente sua vontade em prol de fazer a vontade de Deus. Por isto era capaz de captar as necessidades dos irmãos, e ao contrário de colocar fardos nos ombros dos outros, os tirava. Maria não se fez Rainha, por isto Deus a fez Rainha. Maria confiou em Deus. Não colocou sua confiança em pessoas, em coisas, em títulos, em elogios, em confirmações que viessem dos outros. Maria simplesmente deu o seu ser para que nela se cumprisse a vontade de Deus: " Faça-se em mim", ela disse. Maria buscava veeementemente a vontade de Deus para si, e sabia que esta vontade sempre exigiria dela abandonar seus próprios planos. Ela sabia que Deus tem a última palavra em tudo, e via em tudo a vontade de Deus, e não a dos homens. Tudo vinha de Deus. Nós somos idólatras de nós mesmos e dos nossos irmãos. Não confiamos suficientemente em deus, e por isso sempre esperamos nas criaturas. E nos decepcionamos, porque elas não são deuses. Nós fabricamos ídolos, para que estejam ao redor de nós, a fim de nos servir quando precisamos. E nos decepcionamos. Não vamos para Deus, porque no fundo sabemos que ele não fará a nossa vontade, não nos fará de crianças, mas quer formar pessoas maduras, que escolham unicamente ele e a sua vontade. Quer que estejamos sós diante dele para dizer o nosso sim sem contar que seja outro e não nós a levar o momento sacrificado do nosso sim. Por isso nos tira as pessoas. Por isso muitas vezes nos faltou, nos falta, e nos faltarão a compreensão dos pais, dos amigos, dos irmãos mais queridos. Tudo para que esperemos só em Deus, e nos dirjamos aos irmãos sem interesse próprio algum, mas unicamente para serví-los, para amá-los gratuitamente. Assim fez Maria visitando Isabel. E foi porque se desprendeu das criaturas, e disse seu sim com total humildade e confiança, que Maria recebeu de Deus a confirmação que lhe veio pelos lábios de Isabel: "Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre"(Lc 1,42). Se escutássemos hoje de Deus estas palavras: "Bendito ou bendita és tu, benditas são os frutos das tuas obras, do teu sim a Deus", seríamos curados num instante de toda auto-imagem negativa. Porém, para escutar estas palavras, é preciso antes escutar e dizer sim à vontade de Deus para nós. Somente no centro da vontade de Deus está a nossa cura, a nossa libertação. Somente clamando antes a Deus a graça de esquecermos de nós mesmos, das exigências e queixas que por tantos anos guardamos em relação aos nossos pais e irmãos, somente se estivermos dispostos a nos despojar da criança mimada e egoísta que há dentro de nós, é que poderemos experimentar a cura da nossa auto-imagem negativa, e enfim poderemos cantar como Maria: "Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu salvador, porque olhou para seu pobre servo, ou sua pobre serva (Maria representa todas as criaturas na sua fragilidade humana). Por isto desde agora me proclamarão bem aventurado ou bem aventurada, todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração sobre os que o temem"(Lc 1,46-50). Maria sempre experimentou, em todas as situações, a gratuidade do Seu amor por ela. E ela também era gratuita no seu amor a Deus. Fazera vontade de Deus, ser fiel a Deus nunca foi para ela motivo de exigir que Deus a recompensasse com mimos. Não demos a vida a nós mesmos. Nada temos por nós mesmos. Tudo na nossa vida é um presente de Deus. A nossa vida é um grande presente de Deus. As alegrias, as tristezas, são um presente de Deus, às vezes misteriosos, mas que um dia compreenderemos. não é necessário compreender, mas aceitar com humildade e confiança que tudo é um presente de amor de Deus. Deus está por trás de todos os acontecimentos de nossa vida. Há coisas que nos sucederam que ele não gostaria que fosse assim, mas permitiu. A nossa liberdade, ou a de nossos irmãos foi mal usada, mas Ele é Deus, capaz de transformar todas as coisas porque nos ama. Isto não é desculpa para permanecermos crianças mimadas e insistentes em nossos planos egoístas, porque quando nos afastamos da vontade de Deus, embora ele continue nos amando, não conseguimos perceber isto, e podemos jogar fora a nossa união definitiva com Ele. Isso é muito sério. Podemos optar pelo inferno, e isto Ele não vai impedir. Embora Ele esteja trabalhando sempre pela nossa salvação, esta é uma opção nossa, que Ele não vai impedir. Precisamos pedir a Deus a cura para nossas feridas, mas precisamos pedir a Deus acima de tudo a Sua Graça, que é o maior presente. Foi pela Graça de Deus que Maria realizou a vontade de Deus para sua vida, e todos nós somos hoje beneficiados. Precisamos louvar a Deus porque Maria o amou antes de si mesma e antes de todas as criaturas. Ela sempre escolheu Deus e a sua vontade. Maria não se sentia uma pessoa nula, péssima, mal amada. Ela não sofria de auto imagem negativa. os olhos dela nunca estiveram nela mesma ou em seus traumas, mas estavam postos na grande bondade de Deus. estava sempre a recordar suas maravilhas, e aquilo que de doloroso lhe sucedia era recebido no silêncio e na humildade, mas especialmente na confiança de que Deus é sempre amor. Peçamos hoje a Maria a Graça de sermos tirados do centro de nós mesmos, e assim curados na nossa auto imagem. peçamos a Maria, que ela "arranque" do coração de Deus a Graça de termos unicamente Deus como centro de nossas vidas. Que todas as dores, as mágoas, as feridas, os sentimentos de incapacidade, de ser desprezado, não amado, tudo isto seja colocado no coração de Maria, que está sempre unido ao coração de Jesus e do Pai. E que hoje, o fogo do espírito santo possa queimar tudo isto e nos dar um auto imagem nova, límpida, resplandescente, e possamos dizer com ela: "Realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo" (Lc 1,49).

Texto da Escola de Formação Shalom escoladeformacao@comshalom.org
Escola de Formação Shalom

terça-feira, 20 de julho de 2010

Nossa Senhora e a Eucaristia

O Papa João Paulo II escreveu o documento Ecclesia de Eucharistia falando da extrema ligação de Nossa Senhora com a Eucaristia. Há um nexo profundo entre Maria Santíssima e a Eucaristia; o próprio Papa João Paulo II afirma que Ela foi o primeiro sacrário do mundo, por essa razão, Ela em tudo tem a ver com Jesus Eucarístico. A primeira coisa que o saudoso Pontífice nos recorda é que Maria não estava presente no momento da instituição da Eucaristia, na Santa Ceia, pois não era o papel dela estar lá, mas através de sua intercessão, realizou-se o milagre da transubstanciação pelo poder do Espírito Santo.
O que faz um homem ser homem? É a beleza física? A cor dos seus cabelos? O formato de sua orelha? Nada disso. O que o faz ser homem é algo que não se vê, é a alma! É a essência de alguém que o faz ser quem é. Assim, quando vemos a hóstia branca, redonda, de diversos tamanhos, não fazemos conta da essência, da substância e é isso que acontece no momento da transubstanciação, ou seja, a transformação da substância vinho e pão para Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Jesus se torna acessível às pessoas na comunhão. Todos podem receber a Eucaristia, independentemente de sua condição física ou psicológica. Deus quis que você recebesse o Corpo, a Alma e a Divindade de Cristo. É Jesus, que se esconde e se aniquila através da Eucaristia.
Só há um caso em que o Senhor não está na hóstia: é quando o trigo ou o vinho se estragam, deixando de ser pão e vinho, não tem como ser Jesus. Jesus não "está" no pão, Jesus é o Pão Consagrado. Quantas vezes, Ele entra na boca de um bêbado e até de alguém que não está preparado para recebê-Lo na comunhão.
Quando compreendermos o amor de Jesus por nós, nosso desejo pela Eucaristia será maior. Hóstia significa "vítima oferecida em sacrifício". Cristo deu o poder aos sacerdotes para consagrarem a substância do pão e do vinho em Corpo e Sangue d'Ele por inteiro, é a palavra de Cristo pelo sacerdote. O sacramental é aquilo que depende de nossa fé; mas, o sacramento é diferente, pois, por exemplo, no sacramento do batismo a criança não precisa ter fé para acontecer a graça, pois é Deus quem opera.
Todos nós conhecemos a passagem bíblica que narra as Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-12). Naquele momento, o Senhor mudou tanto a aparência como a substância do líquido, diferentemente do que acontece durante a consagração, na celebração da Santa Missa. A essência do trigo é o próprio Corpo de Cristo; a essência do vinho é Seu próprio Sangue.
Assim como Jesus se fez presente no seio da Santíssima Virgem Maria durante a gestação, quando O recebemos na Hóstia Consagrada, Ele está presente dentro em nós. Então, como Maria, podemos cantar o "Magnificat".
Nosso Senhor Jesus Cristo se encarna no corpo de cada um de nós, também com o desígnio de nos salvar. Ele tem uma paixão enorme pela nossa essência, a nossa alma, por isso, tenta de todas as maneiras salvá-la. Diante disso, cabe a nós olharmos para Cristo, na Eucaristia, com a mesma adoração que Isabel recebeu Maria, quando grávida, ao visitá-la (cf. Lucas 1,39-56).
Assim como a Igreja e a Eucaristia não se separam; a Virgem Maria e a Eucaristia também não se separam. Quem entra na comunhão com Cristo, entra na escola de Maria, pois Ela tem muito a nos ensinar!

Fonte: http://www.cancaonova.com/

quinta-feira, 15 de julho de 2010

FOTOS MÊS DE MAIO E ANIVERSÁRIO DA COMUNIDADE

Perdão pela demora, aconteceram problemas técnicos. Mas aí está um pouco de nossas comemorações do aniversário de 15 anos da Maria Mater(Peça teatral, Jantar de Adesão, Missa em ação de graças e Coroação de Nossa Senhora).


16/07 - Nossa Senhora do Carmo




O Escapulário do Carmo

Consiste em dois pedaços de pano marrom, unidos entre si por um cordão. Um pedaço de pano traz a estampa de Nossa Senhora do Carmo, e o outro a do Sagrado Coração de Jesus, ou o emblema da Ordem do Carmo. A palavra latina “scapulas” significa ombros, daí designar-se Escapulário este objeto de devoção colocado sobre os ombros.

Para os religiosos carmelitas, é símbolo de consagração religiosa na Ordem de Nossa Senhora do Carmo. Para os fiéis leigos, para o povo, é símbolo de devoção e afeto para com a mesma Senhora do Carmo. Nos meios populares, é conhecido como “bentinho do Carmo”.
“Para a Igreja, entre as formas de devoção mariana, está o uso piedoso do Escapulário do Carmo, pela sua simplicidade e adaptação a qualquer mentalidade” (Papa Paulo VI). Maria, Mãe de Jesus, é a “mulher que pisa na cabeça da serpente” (Gn 3,15), e aparece “vestida de sol, tendo a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça” (Ap 12,1-17).



Origem do Escapulário

No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo, reuniram-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos imemoriais ( Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra "carmelo" quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e passavam por grandes dificuldades. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu a Nossa Senhora, um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos.

Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a promessa: "Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.

Quem segue Jesus e é devoto de Maria Santíssima, caminha a passos seguros no caminho da salvação. O escapulário é sinal da proteção de Maria.
A festa de Nossa Senhora do Carmo é celebrada todo 16 de julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de 1726, pelo papa Bento XIII. O papa João Paulo II, ao declarar que usa o escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é signo de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João”(Jo 19, 25-27).
Fonte: http://www.basilicadocarmocampinas.org.br/origem.htm

terça-feira, 22 de junho de 2010

Porta do Céu

Cantemos com Pe. Fábio de Melo : Maria é a nossa Porta para o céu. Nos momentos de dor e dificuldade podemos sim contar com ela.

MARIA É A MÃE DA IGREJA!








Maria é a Mãe da Igreja Por ser a Mãe de Cristo, Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo Místico, Maria é também Mãe da Igreja. Durante o Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI declarou solenemente que: ´Maria é Mãe da Igreja, isto é, Mãe de todo o povo Cristão, tanto dos fiéis como dos pastores´ (21/11/64). Em 30/06/68, no Credo do Povo de Deus, ele repetiu essa verdade de forma ainda mais forte: ´Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, nova Eva, Mãe da Igreja, continua no Céu a sua missão maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos´. A presença da Virgem Maria é tão forte e indissociável do mistério de Cristo e da Igreja, que Paulo VI no discurso de 21/11/64 afirmou que: ´O conhedimento da verdadeira doutrina católica sobre a Bem´aventurada Virgem Maria continuará sempre uma chave para a compreensão exata do mistério de Cristo e da Igreja´. Conhecer Maria ´ segundo a doutrina católica ´ é conhecer Jesus e a Igreja, pois Maria foi peça chave, indispensável, no Plano de Deus para a Redenção da humanidade. ´Na plenitude dos tempos, Deus mandou o seu Filho, nascido de uma mulher,... para que recebêssemos a adoção de filhos´ (Gal 4,4). Ou como diz o Símbolo Niceno´Constantinopolitano, falando de Jesus: ´O qual, por amor de nós homens e para nossa salvação desceu dos céus e se encarnou pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria´. Desde os primeiros séculos do Cristianismo Maria é reconhecida e chamada pelos cristãos de Mãe de Deus ´ ´Theotokos´. Desde o final do século dois, os cristãos do Egito e do norte da Africa, onde havia mais de 400 comunidades cristãs, já a invocavam como Mãe de Deus, na oração que talvez seja a mais antiga que a Igreja conheça: ´Debaixo de Vossa proteção nos refugiamos Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai´nos sempre de todos os perigos, Virgem gloriosa e bendita´. Para cumprir a missão extraordinária de Mãe de Deus, Maria foi enriquecida por Deus com todas as graças, e de modo especialíssimo com a graça de nunca conhecer o pecado: nem o original e nem o pessoal. Foi concebida no seio de sua Mãe, santa Ana, sem a culpa original. O dogma da ´Imaculada Conceição de Maria´, reconhecido pela Igreja desde os primeiros séculos, foi proclamado solenemente pelo Papa Pio IX, em 8/12/1854, através da Bula ´Ineffabilis Deus´: ´Nós declaramos, decretamos, e definimos que ... em virtude dos méritos de Jesus Cristo ... a bem aventurada Virgem Maria foi preservada de toda mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição...´ Nas aparições a Santa Catarina Labouré, em Paris, em 1830, Maria ensinou´lhe a conhecida oração que foi cunhada na ´Medalha Milagrosa´: ´Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós´. Em 1858, quatro anos após a solene declaração do Papa Pio IX, Ela mesma revelou seu nome a Santa Bernardete, em Lourdes: ´Eu sou a Imaculada Conceição´. Por isso, o último santo Concílio a chamou de: ´Mãe de Deus Filho, e, portanto, filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo´ (LG, 53). E ainda registra o Santo Concílio Vaticano II que: ´Com este dom de graça sem igual, ultrapassa de longe todas as outras criatura celestes e terrestres´ (idem). E repete as palavras de Santo Agostinho: ´Verdadeiramente mãe dos membros de Cristo ... porque com o seu amor colaborou para que na Igreja nascessem os fiéis, que são membros daquela Cabeça´. E mais: ´Por esta razão é também saudada como membro supereminente e absolutamente singular da Igreja, e também como seu protótipo e modelo acabado da mesma, na fé, e na caridade; e a Igreja católica, guiada pelo Espírito Santo, honra´a como Mãe amantíssima, dedicando´lhe afeto de piedade filial´ (LG,53). E o Sagrado Concílio reconhece que Maria: ´... na Santa Igreja ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós´(LG,54). Maria é aquela Mulher que atravessa toda a história da salvação ´ do Gênesis ao Apocalipse. Ela é a Mulher que vence a Serpente, que havia vencido a mulher: ´Porei odio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar´ (Gen 3,15). Quando Jesus chama a sua Mãe de Mulher, é para nos indicar quem é a grande Mulher predileta de Deus: Jo 2,4 ´ ´Mulher, isto compete a nós ? Minha hora ainda não chegou´. Jo 19,26 ´ ´Mulher, eis aí teu filho´. Maria é a Virgem que o profeta anunciou que haveria de conceber e dar à luz um Filho, cujo nome é Emanuel (cf Is 7,14; Mq 5,2´3 ; Mt 1,22´23). Pela primeira virgem entrou o pecado na história dos homens, e com ele a morte (Rom 6,2); pela nova Virgem entrou a salvação e a vida eterna. Foi ela quem deu a carne ao Filho de Deus, para que ´mediante os mistérios da carne libertasse o homem do pecado´ (LG,55). Sem isto Cristo não poderia ser o grande e eterno Sacerdote da Nova Aliança. Eis aí o papel indispensável de Maria. Como diziam os Santos Padres: ´Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e com inteira obediência´ (LG, 56). ´Quis, porém, o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida da aceitação por parte da Mãe predestinada, a fim de que, assim como uma mulher tinha contribuído para a morte, também outra mulher contribuísse para a vida´ (idem). Os Santos Padres disseram:´O laço da desobediência de Eva foi desfeito pela obediência de Maria; o que a virgem Eva atou com sua incredulidade, a Virgem Maria desatou pela fé´ (S. Ireneu).E ainda, disse S. Jerônimo :´A morte veio por Eva, a vida por Maria´.A união de Maria com Jesus, na obra da Redenção, acontece desde a Encarnação até o Calvário. Assim foi na visita a Isabel (Lc1, 41´45), no nascimento na gruta de Belém, na apresentação no Templo diante de Simeão (Lc 2, 34´35), no encontro entre os doutores (Lc 2, 41´51). Na vida pública de Jesus, Maria logo se manifesta nas bodas de Caná, antecipando a hora dos milagres (Jo 2,11), revelando´se a mãe de misericórdia e intercessora nossa. Durante a pregação de Jesus, recolhia as suas palavras e ´guardava tudo no coração´ (Lc 2,19 e 51). E assim ela foi avançando no caminho da fé e manteve fielmente a sua união com o Filho até a cruz, onde estava, por vontade de Deus, de pé (Jo 19,25), oferecendo´o ao Pai por cada filho. Com Jesus ela sofreu profundamente. Como disse alguém, Jesus sofreu a Paixão, Ela a compaixão. A espada predita por Simeão atravessou´lhe inteiramente a alma.Assim se expressou o Santo Concílio :´Sofreu profundamente com o Unigênito e associou´se de coração materno ao seu sacrifício, consentindo amorosamente na imolação da vítima que ela havia gerado; finalmente, ouviu estas palavras do próprio Jesus Cristo, ao morrer na cruz, dando´a ao discípulo por Mãe : ´mulher, eis aí o teu filho´ (Jo 19,26´27),(LG,62). Após a Ascensão do Senhor ao céu vemos Maria com os seus discípulos, aguardando a vinda do Prometido do Pai, implorando com suas orações a chegada do Espírito Santo :´Todos eles perseveravam unanimemente na oração; juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele´ (At 1,14). E, finalmente, terminando a sua vida terrena, ela que fora preservada de toda mancha do pecado, ´Foi levada à glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo, para que se parecesse mais com o seu Filho, Senhor dos Senhores (cf Ap 19, 16) e vencedor do pecado e da morte´ (LG 59).Maria não substitui a Mediação única de Cristo diante do Pai.São Paulo deixou claro:´Porque há um só Deus, também há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, verdadeiro homem que se ofereceu em resgate de todos´ (1 Tm 2,5´6). A função maternal de Maria acontece por livre escolha de Deus e não por necessidade intrínseca e se realiza pelos méritos de Cristo e de sua mediação única, e dela depende absolutamente em toda a sua eficácia; isto é, sem o sacrifício redentor de Cristo, a função de Maria como medianeira, não seria possível. Portanto, Maria, longe de impedir o contato dos seus filhos com o Filho, o facilita ainda mais. Logo, Maria jamais substitui a única e indispensável mediação de Jesus diante do Pai, mas coopera com ela para o bem de seus filhos. No céu ´ garante a Igreja ´ Maria continua a sua missão de Intercessora para ´obter´nos os dons da salvação eterna´. ´Com seu amor de Mãe, cuida dos irmãos de seu Filho, que ainda peregrinam e se debatem entre perigos e angústias, até que sejam conduzidos à Pátria feliz´ (LG, 62). Sem nada diminuir ou acrescentar à exclusividade de Cristo, Mediador único, Maria é invocada pelos seus filhos com os títulos de Advogada, Medianeira, Auxiliadora dos Cristãos, Refúgio, Consoladora, Porta do Céu, e muitos outros. Por todas essas razões a Igreja presta, e sempre prestou, um culto especial a Maria, Mãe de Deus. Não um culto de adoração (latria), que só é devido a Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), mas um culto de hiper´veneração (hiperdulia). ´O Sagrado Concílio ensina deliberadamente essa doutrina católica e exorta ao mesmo tempo todos os filhos da Igreja a que promovam dignamente o culto da Virgem Santíssima, de modo especial o culto litúrgico; e que tenham em grande estima as práticas e os exercícios de piedade que em sua honra o magistério da Igreja recomendou no decorrer dos séculos´ (LG, 67).E o santo Concílio adverte :´Recordem´se os fiéis de que a devoção autêntica não consiste em sentimentalismo estéril e passageiro ou em vã credulidade, mas procede da fé verdadeira que nos leva a reconhecer a excelência da Mãe de Deus e nos incita a um amor filial para com a nossa Mãe, e à imitação das suas virtudes´ (LG, 67).A Virgem Maria sempre deu provas claras do seu amor maternal à Igreja, especialmente nos momentos em que esta foi ameaçada.Quando, por exemplo, em 1571, a civilização cristã estava em risco na Europa, devido ao ameaçador avanço dos mulçumanos, o Papa S. Pio V implorou a proteção de Maria em favor do povo cristão, pedindo que a Virgem afastasse, de uma vez por todas, os perigos do islamismo .No dia 07/10/1571, na grande e decisiva batalha de Lepanto, na Grécia, as tropas dos príncipes cristãos venceram definitivamente os turcos otomanos.Para agradecer à Mãe da Igreja essa vitória insígne, o Papa mandou incluir na Ladainha Lauretana a invocação, ´Auxiliadora dos Cristãos, Rogai por nós´, e definiu o dia 7 de Outubro como o dia de Nossa Senhora do Rosário, em agradecimento e homenagem à proteção dada à Igreja.Outro fato marcante da providência da Mãe e Auxiliadora, se viu quando o imperador Napoleão Bonaparte mandou prender o Papa Pio VII, que não quis aprovar a anulação do seu casamento com Josefina. Na noite de 5 a 6 de julho de 1809 Napoleão mandou prender o Papa em Savona (Itália do Norte), que foi submetido a vexames por parte do imperador. Em 1812 o Papa foi transferido para a cadeia de Fontainebleau perto de Paris. Em todo o seu sofrimento o Papa se recomendou aos cuidados de Nossa Senhora, Auxiliadora dos Cristãos. Em 10/03/1814, já vencido pelos inimigos, Napoleão deu liberdade ao Papa, que neste dia partiu para Roma, onde chegou em 24 de maio, passando por Savona. Nesta cidade coroou Nossa Senhora com uma coroa de ouro, em agradecimento de sua libertação. No dia 24 de maio, ao chegar em Roma, instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, dia do seu regresso a Roma.Poucos dias depois, em 11/04/1814, no mesmo Castelo de Fontainebleau, onde mandara prender o Papa, Napoleão era obrigado a abdicar do trono da França. Em 18/06/1815 era vencido na batalha de Waterloo e deportado para a ilha de Santa Helena.Gostaríamos de recomendar aqui a leitura do livro ´A Mulher do Apocalipse´ (Loyola, 1995) onde procuramos sintetizar a doutrina católica sobre Maria; e o grande livro de São Luiz de Montfort, ´O Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Santíssima´, afim de conhecer melhor e amar mais a Mãe da Igreja e nossa Mãe.




DO Livro: ´A MINHA IGREJA´ DO Prof. Felipe de Aquino




segunda-feira, 31 de maio de 2010

HOJE É DIA DA FESTA DA VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA



Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel é uma festa da Igreja em que nos alegramos com a presença de Maria na vida dos cristãos católicos como a Mãe de Jesus Nosso Senhor e nossa Mãe: ´Como me é dado que venha a mim a mãe do meu Senhor?´ (Lc 1, 43). Nós sabemos que Maria nunca foi causa de afastamento da Pessoa de Jesus com relação aos filhos da Igreja, pois dizem os santos marianos, que assim como o Cristo só sabe levar os homens para o Pai, também Maria somente sabe levá-los para Jesus. Por isso proclamamos: ´Tu és bendita mais do que todas as mulheres; bendito é o fruto do teu ventre!´ (Lc 1, 42). ´Assim como o ar é sinal de vida no corpo, também ter Maria na alma é sinal de vida espiritual´, ensina-nos São Luís Maria. Isto nós reconhecemos como verdade, porque a própria festa de hoje leva-nos a contemplar a ação do Espírito Santo na vida da prima Isabel, e de São João Batista, que ficaram cheios do Espírito Santo diante de Nossa Senhora. Santa Maria se monstrou sempre peregrina, tanto assim que para ir de Belém até a casa da prima percorreu, com Jesus ainda no ventre, cerca de 100 Km.
HOJE TEREMOS MISSA CELEBRANDO A FESTA DA VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA, JUNTAMENTE COM A ENTRADA DAS 31 JOVENS QUE SE VESTIRAM DE NOSSA SENHORA NESTE MÊS DE MAIO.
HORA: 19:30
PARTICIPEM!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ir. Kelly Patricia - Regaço Acolhedor






Ir. Kelly Patrícia canta para nós a maternidade de Maria. Escute e medite a beleza de termos uma mãe que nos auxilia sempre.

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA

A Mediação Universal de Maria


Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho

O Concílio Vaticano II deixou claro, ainda uma vez, que nenhuma criatura pode ser comparada a Jesus, “Verbo Encarnado e Redentor”. Eis por que a função materna de Maria para com os homens, ou seja, todos os aspectos de suas ações mediadoras, devem ser sempre e de qualquer maneira computada entre as cooperações humanas suscitadas e dependentes de Cristo. Dentro desta perspectiva é que se deve penetrar na doutrina clara e segura sobre a mediação de Maria com relação às graças concedidas por Deus aos homens.

O Cardeal Mercier, arcebispo de Malines, na Bélgica, em 1921 com a colaboração teológica da universidade Lovaina e com o apoio de todo o episcopado belga, de todo o clero e dos fiéis pediu e conseguiu da Santa Sé a aprovação da Missa e do Ofício próprios em honra de Maria medianeira de todas as graças, sendo sua festa celebrada a 31 de agosto. Não se tratou de uma definição dogmática. Sobre este tema cumpre se separe as manifestações devocionais exageradas sobre o poder da Mãe de Deus e a elaboração de uma teologia segura e equilibrada, baseada nos dados da revelação e na analogia profunda com o mistério da grande missão de Cristo mediador.

Não se pode duvidar do poder de intercessão de Maria e o fato ocorrido em Cana da Galiléia é sumamente expresso. Em virtude disto, Pio XII empregou a expressão “Onipotência Suplicante”, referindo-se ao valimento dela diante do trono de Deus e, já antes, São Bernardo afirmara que jamais se ouviu dizer que alguém a tivesse invocado e não fosse atendido.

Cristo, portanto, é nosso único Mediador (1 Tm 2,5-6) por ser causa principal, independente, auto-suficiente e necessária da Redenção e de todos os seus frutos, sendo que Sua mãe é medianeira como causa secundária, dependente, não auto-suficiente e hipoteticamente necessária para se obter a salvação e os favores celestes decorrentes da mesma. Ela foi a grande cooperadora na obra salvífica da humanidade, sendo, realmente, a Mãe espiritual de todos os cristãos para os quais obtém os auxílios necessários no processo soteriológico. É neste sentido que ela pode ser dita co-redentora. Sua missão salvadora é indiscutível no plano redentor estabelecido por Deus. Esta é a causa imediata das graças concedidas aos homens, sendo Maria a causa mediata, instrumental. O Ser Supremo dela se serve para a efusão e produção dos benefícios a favor dos seres racionais peregrinos neste mundo. Daí a confiança dos batizados nesta Mãe admirável que nos deu o Salvador.

É mistério mariano inserido, não separado, do mistério cristológico, eclesiológico. Fora desta realidade a dimensão que se dar ao papel de Maria é equivocado, ultrapassando o ensinamento bíblico. Além disto, não se pode referir a Nossa Senhora o papel que cabe ao Divino Espírito Santo na obra santificadora dos epígonos de Jesus, Ele o Paráclito enviado para consolidar a obra redentora. O direcionamento da devoção popular a Maria, felizmente, tem esclarecido tudo isto, no que redunda em maior louvação àquela que merece, de fato, todos os louvores e na qual se centram esperanças fundamentadas dos que querem chegar ao céu. Redimir só cabe a Cristo, mas como Ele veio até nós por Maria, esta se torna o caminho normal para se chegar a Ele e receber os frutos que promanaram de Seu lado aberto lá no Gólgota.

Cumpre, além disto, relacionar o título de Medianeira de todas as Graças ao dogma da Assunção de Maria aos céus, pois lá ela continua seu papel maternal e de co-redenção dos homens. Ela continua, através dos tempos, empenhada em sustentar e promover o progresso e santificação de todos os seus filhos espirituais, estando à sua espera na Casa do Pai. Deste modo, a atuação de Maria abrange tudo que diz respeito ao ser do cristão e do seu agir antes de chegar à beatitude definitiva na Cidade dos Santos. É deste modo que uma esclarecida mariologia contribui para o progresso espiritual de cada um, levando o cristão a confiar na proteção materna daquele cujas virtudes devem ser imitadas como condição de se obter os favores que Ela pode alcançar do Todo-Poderoso.* Professor no Seminário de Mariana - MG



Data Publicação: 29/01/2008


Fonte: www.cleofas.com.br

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Maria, a Primeira Carismática




Maria, a Primeira Carismática



O Espírito Santo, como pessoa divina que é, sempre esteve presente em toda a história da salvação. Numa coisa, porém, difere a ação carismática e profética do Espírito na Igreja, se comparada a Seu operar no Antigo Testamento. Ali, sua manifestação era reservada a alguns poucos indivíduos – geralmente reis, profetas, juízes e sacerdotes. E, mesmo para esses poucos privilegiados, só em algumas ocasiões da vida e em vista de tarefas específicas pretendidas pelo próprio Deus.

A promessa, porém, era de que, para os tempos messiânicos, Ele seria "derramado sobre todas as pessoas" (Ez 36, 25-27; Jl 3,1-5) e para ficar "eternamente" (Jo 14-16) com elas. Antes porém do Pentecostes histórico, "o Espírito não podia ser dado, porque Jesus não tinha sido glorificado"(Jo 7,39). A condição para a vinda do Consolador era a morte de Jesus (Jo 16,7; Lc 24,26) e Sua ressurreição.

Segundo a teologia de antiga tradição patrística, uma das barreiras que impediam o Espírito de vir habitar-nos de modo pleno e constante era a nossa natureza marcada de modo sensível pelo pecado... E que dizer de alguém que, desde sua concepção, fora privilegiadamente isenta não somente do pecado original, mas igualmente de todo e qualquer pecado de ordem moral? Se Maria, por atenção a Cristo, seu futuro Filho, fora previamente redimida por Deus, por que não pensar nela também como a primeira a ser agraciada com a plenitude permanente do Espírito da promessa?

Aos marcados pela separação gerada pelo orgulho e pela desobediência, só restava mesmo esperar pela glorificação de Jesus, que nos traria a remissão dos pecados. Afinal, o Espírito Santo é espírito e nós somos carne; acrescente-se a esta dificuldade o fato de que Ele é Santo e nós, até então, eramos, irremediavelmente, 'escravos do pecado'.

Mas nada precisava impedir que Aquela que fora brindada com uma imaculada concepção, recebesse o Espírito, não de modo imanente e difuso, como o resto da Humanidade, mas de maneira pessoal, plena e permanente. Afinal, Jesus seria criado em seu ventre por ação pessoal do Espírito e por Seu poder: "Concebido por obra do Espírito Santo" (Mt 1,18-20; Lc 1,35).

Em Lucas 1,28, o Anjo (antes mesmo de seu "sim") já encontrara Maria "gratia plena", repleta de graça. Com certeza ao operar nela o milagre de sua imaculada conceição, o Espírito também já instalara no coração de Maria o Seu próprio ninho, como que para ir-se ambientando com o coração humano – Sua futura morada -, "humanizando-se" em sua carne de futura mãe do Redentor...

Como anunciaram as Escrituras do Antigo Testamento, os tempos messiânicos – tempos em que salvação de Javé deveria se manifestar em plenitude – seriam marcados por três grandes e principais acontecimentos: a Encarnação do Verbo que, assumindo nossa natureza humana, iria transpor o abismo que nos distanciava do Pai; a Paixão e a Morte de Jesus, pelo que a ofensa feita a Deus pelos homens seria redimida e a morte eterna esmagada pela vitória da ressurreição do Senhor; e o envio – e a vinda – do Espírito Santo, que nos seria dado como "penhor de nossa herança" eterna (Ef 1,14), a fim de que pudéssemos compreender e aceitar, pela fé, o testemunho do Filho de Deus, chegando assim à salvação...

Essas grandes promessas para os tempos messiânicos (a vinda do Salvador, sua morte e ressurreição, e o derramamento do Espírito) se misturam, se dependem, se completam, confirmando o início da era da graça, do irrompimento da salvação, do Reino de Deus entre os homens... E somente a uma única pessoa foi dada a graça de viver esses acontecimentos, não só como expectadora, mas como participante de todo o processo: Maria! Ei-la, única e necessariamente, na Encarnação do Verbo, oferecendo-se como campo material à habitação do Espírito, onde Ele, em virtude de Sua própria presença dinâmica, faz surgir o Messias... Ei-la também aos pés da cruz, deixando-se transpassar pela espada profética do sofrimento (Lc 2,35a) e aceitando, agora, ser a Mãe de Cristo em Seu novo Corpo Místico, a Igreja... E ei-la novamente – mãe assumida – com a Igreja nascente, em Pentecostes, a sperar pela repleção que, magnífica e exclusivamente, Ela já receberá antes de todos... Por isso, com razão a chamamos "Mãe de Cristo" e "Mãe da Igreja", parceira única da Trindade...

Nestes tempos em que, em meio às festividades marianas, a liturgia católica também nos predispõe para a festa da vinda do Espírito em Pentecostes, acredito ser útil voltarmos nosso olhar para a "cheia de graça" e, assim, aprendermos d'Ela como se prepara o coração e a alma para acolher, de uma forma sempre nova, dinâmica e progressiva, o dom maravilhoso da repleção do Espírito. Pois "quem quiser ter o Espírito Santo, que se una a Maria", exortava há muito tempo São Francisco de Sales. Sábia exortação, pois nenhuma criatura foi, como Maria, tão prodigiosamente agraciada com a presença do Espírito em sua vida.

Diz o Vaticano II que, "em Pentecostes, Maria estava a pedir o dom que já recebera na Anunciação" (LG 59). Também nós, que já recebemos o dom do Espírito por ocasião do nosso batismo sacramental, podemos agora, unidos à intercessão de Maria, esperar, em Pentecostes, por uma renovada efusão da Água Viva, prometida aos "que tiverem sede" (Jo 7,37). Pois antes de se oferecer ao Cristo glorificado como dom do Pai (At 2,33), a ser dado aos que crêem, o Espírito deu-se a Maria – a primeira carismática! - para que, pela deimaternidade, Ela pudesse nos oferecer o próprio Cristo. Que nos dá o Espírito...

Como não amar Maria? Como não ter admiração por esta "filha predileta do Pai, esposa castíssima do Espírito e mãe amorosa do Filho"? Como não buscar sua maternal companhia na espera (e na busca!) do dom do Espírito? Olhemos para a Mãe: Ela é, antes de tudo, sinal do Espírito; ou, no dizer do Vaticano II, Ela é o "sacrário do Espírito Santo" (LG 53). Por isso, podemos – confiados em sua maternal intercessão – juntarmo-nos a João Paulo II em oração, dizendo: "Tu que estivesse no Cenáculo com os Apóstolos em oração, à espera da vinda do Espírito de Pentecostes, invoca a Sua renovada efusão sobre todos os fiéis leigos, homens e mulheres, para que correspondam plenamente à sua vocação e missão, como ramos da "verdadeira videira", chamados a dar "muito fruto" para a "vida do mundo". (Christifideles Laici, oração de conclusão).

Com Maria, a presença do Espírito está garantida, a efusão é sempre renovada e a benção é certa. Aleluia!

Por Reinaldo Beserra dos Reis


Fonte:www.rcc.org.br

Maria Mater lança Blog Mariano

Em comemoração aos nossos 15 anos estamos lançando um BLOG MARIANO, com tudo que Nossa Senhora tem direito. Aprofundemos a nossa fé e o nosso louvor naquele que foi escolhida por Deus para a nossa Mãe.