sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Maternidade Divina de Maria




A palavra maternidade (condição de mãe) e divina (proveniente de Deus), nos leva a uma única pessoa: Maria. Deus [quis] fazer-se homem e escolheu sua Mãe em quem colocou todos os dons e virtudes, a fim de preparar sua morada em seu seio virginal. A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se à virgem Maria como à Mãe de Jesus, mas também a reconhecê-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencente ao patrimônio da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso, no ano 431. “Theotokos (grego: Te?t????, transliteração: Theotókos) é o título grego de Maria, mãe de Jesus, usado especialmente na Igreja Ortodoxa e Igrejas Orientais Católicas. Sua tradução literal para o português é: "portadora de Deus" e "aquela que dá a luz a Deus". Maria é a Theotokos, porque seu filho Jesus é simultaneamente Deus e homem, divino e humano, Theotokos, portanto, refere-se à Encarnação, quando Deus assumiu a natureza humana em Jesus Cristo, sendo isto possível graças à cooperação de Maria”.* Ao confessar que Maria é “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe, visto que, com a definição da maternidade divina de Maria, os Padres da Igreja evidenciaram a sua fé na divindade de Jesus Cristo. A expressão “Mãe de Deus” remete ao Verbo de Deus que na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina. (Cf. Gl 4,4-6). Para entendermos melhor a maternidade divina de Maria, sigamos o seguinte raciocínio: Deus em Si mesmo não nasce porque Deus é e sempre será; enquanto assumindo a natureza humana em Seu Filho Jesus no seio da Virgem Mãe, Deus nasce e cresce em estatura, sabedoria e graça... (Cf. Lc 2,52). Deus não morre porque Deus é imortal; para vencer o pior inimigo do homem, a morte; Deus morre e ressuscita em Seu Filho, que da cruz nos transmite sua imortalidade nos dando participar de Sua divindade; é como Ele mesmo disse: “Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo porque tenho o poder de retomá-la” (Jo 10,18), isto é, morre por nós e ressuscita por Seu poder. Assim, nesses atos divinos, se encontra a maternidade divina de Maria, que gera o Verbo de Deus em seu ventre para que Ele divinizasse a nossa carne, ou seja, Cristo assumiu em Maria o que somos para sermos o que Ele é segundo a vontade de Deus Pai; e ainda, a Virgem Mãe o entrega ao Pai como vítima de expiação pelos nossos pecados; ora, tudo isso se dá no Mistério do Amor, no Seio da Trindade Santa.

Frei Fernando – Missionário Doce Mãe de Deus - Candeias/BA

Fonte: www.docemaededeus.org

Nenhum comentário: